A dívida do Cruzeiro já supera a casa de R$1 bilhão. O valor foi confirmado pelo próprio clube na divulgação do seu balancete trimestral. Assim, assinado pelo presidente Sérgio Santos Rodrigues e pelo diretor de controladoria e finanças, Matheus Rocha, os dados referentes ao meses de janeiro a setembro mostram um déficit de R$343 milhões nos cofres do clube. Com isso, a Raposa teve resultado financeiro negativo mais uma vez. Anteriormente, o balancete de 2019 mostrou um déficit de R$394 milhões e uma dívida de R$803 milhões.
Segundo o jornalista Rodrigo Capelo do GE, que analisou os valores disponibilizados pela instituição, o rebaixamento do Cruzeiro para a Série B é a principal explicação para a redução da arrecadação de receitas. Isto porque, em nove meses, o time celeste acumulou R$84 milhões em receitas. Enquanto que no mesmo período do ano anterior arrecadou R$235 milhões.
PANDEMIA
Outro agravante para os lucros foi a pandemia de Covid-19. Para conter o avanço da doença no país, o governo proibiu a entrada do público nos estádios. Desse modo, a Raposa não só encerrou o Estadual, como também iniciou o Campeonato Brasileiro com as arquibancadas vazias. O que levou arrecadamento da comercialização de ingressos a quase zero na temporada.
DESPESAS
Ainda segundo Rodrigo, o Cruzeiro gasta mais do que as suas receitas. Entre janeiro e setembro os gastos do clube ficaram em R$253 milhões. Entre outras despensas incluem-se as rescisões de contratos e as prováveis derrotas judiciais de ações movidas por ex-jogadores, ex-técnicos, entre outros, que mesmo que estejam em andando já entram nas contas do clube.
DÉFICIT DE R$343 MILHÕES EM 2020
O documento do balancete trimestral do Cruzeiro mostra em detalhes os principais efeitos que levaram o resultado negativo nos cofres do clube. (valores em R$)
- 111 milhões como Provisões para contingências;
- 52 milhões como variação cambial negativa, por conta dos passivos em moeda estrangeira e a desvalorização do real no período;
- 43 milhões de custo líquido de liberação de atletas;
- 18 milhões de custo de amortização atletas profissionais;
- 11 milhões com atualização de parcelamentos;
- 11 milhões de custo de acordos/indenizações de processos judiciais;
- 15 milhões de impairment de atletas.
LUZ NO FIM DO TÚNEL?
Por outro lado, em outubro, o Cruzeiro anunciou em seu site oficial um acordo feito com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional para equalizar a dívida do clube com a união. Com efeito, o clube conseguiu reduzir cerca de 45% dos débitos, ou seja, conseguiu $152 milhões em descontos e prazo maior de pagamento para os R$182 milhões restantes. Assim, com o acordo o time mineiro poderá quitar os débitos em 145 vezes. Sendo que os primeiros 12 meses o valor da parcela mensal será de R$350 mil e após os valores serão progressivos.
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