Como chega o Remo para a final do Parazão? Djalma responde

Mesmo invicto há 11 jogos, o Remo inicia a semana da decisão do Campeonato Paraense sob críticas. O time vem de dois empates consecutivos sem marcar gols e oscila, durante as partidas, momentos de pouca imposição territorial com lances agudos de contra-ataque. Mas tem faltado ao time, essencialmente, melhores tomadas de decisões, seja no dito “último passe” ou no arremate. Essa é a visão do meia Djalma.

– Não marcamos gols nos dois últimos jogos por competência das equipes que a gente jogou e, também, por a gente não caprichar muito na hora do último passe, na finalização. Esses dois fatores foram cruciais para a gente não marcar gols. Estamos tentando e trabalhando muito – avaliou.

Apesar das críticas por parte da imprensa e da torcida pelas escolhas táticas do técnico Mazola Júnior, Djalma afirmou que o ambiente no Leão é bom e de confiança para a retomada das vitórias no Brasileiro e para os dois clássicos da semana.

– Estamos tranquilos. Temos um treinador e uma comissão técnica muito competentes, um grupo muito forte. Estamos trabalhando para conseguir os resultados, infelizmente não conseguimos os três pontos nesses dois últimos jogos, algo que a gente vinha almejando. Mas estamos jogando bem também. Ontem [domingo] enfrentamos uma equipe muito forte, que tem uma transição ofensiva muito forte. Não conseguimos [a vitória], mas saímos felizes pelo jogo, pelo segundo tempo que fizemos – explicou o meia.

Polivalente, Djalma tem atuado praticamente com um ala pela direita, tanto apoiando o ataque pelo setor, mas também fazendo a recomposição e auxiliando Rafael Jansen na marcação, algo que exige muito esforço físico. Ele garante que tem está em plenas condições de aguentar uma partida inteira em campo.

– Estou pronto para jogar os 90 minutos. Sou um cara que quer jogar sempre, todos os jogos, então saí [contra o Vila Nova] chateado por isso, por querer jogar os 90 minutos, não pela substituição. Até porque, quando o Mazola fez a troca, melhorou o ataque com a entrada do Ermel, que é um jogador de muita qualidade. Se ele precisar de mim por 90, 60, 50 minutos, estou pronto para ajudar – contou.

Habituado a disputar o Re-Pa, com histórico pelas duas equipes, Djalma afirmou lamentar que os próximos dois terão que ser disputados, de maneira inédita, sem a presença de público.

– Vai ser complicado. A gente gosta de ver o nosso torcedor, de ver ele apoiando, ver o nosso 12º jogador. É quando a gente se inspira mais no nosso torcedor, de onde a gente tira forças quando a gente não tem. Infelizmente não teremos ele, mas temos a nossa camisa, a camisa do Remo, que temos que honrar e é por eles que vamos estar jogando – concluiu.

A final do Campeonato Paraense será disputada em duas partidas. A primeira ocorre nesta quarta-feira, a partir das 20h. O jogo decisivo acontece domingo, às 17h. Ambos ocorrem no Mangueirão.

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