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O Estádio Major Antônio Couto Pereira, conhecido simplesmente como Couto Pereira, é um estádio de futebol brasileiro, de propriedade do C.F.C – Coritiba Fotball Club . Está localizado no bairro Alto da Glória, em uma das áreas mais centrais de Curitiba, capital do estado do Paraná na região Sul do Brasil. Os torcedores o chamam carinhosamente de “Couto” ou “Alto da Glória”. Foi inaugurado em 15 de novembro de 1932, com uma partida de futebol entre o Coritiba 4×2 América -RJ, com o primeiro Gol marcado por Gildo, jogador do COXA.
História
Primeiro Estádio
Com seis anos de vida, o Coritiba iniciaria seu primeiro plano de investimento patrimonial. Em 1915, os Sócios se reuniram e fizeram um empréstimo ao Clube no valor de 5 mil contos de réis, transformados em quinhentas ações destinadas aos participantes. Foi aproveitado um local dentro do Parque da Graciosa, de propriedade da família de Arthur Iwersen, que o cedeu para o Coritiba construir seu primeiro estádio.
De 25 de junho de 1917 até 15 de maio de 1927 ,o Clube mandou ali seus jogos. O estádio ficava no Juvevê, na Rua João Gualberto, entre a Rocha Pombo e Moisés Marcondes dos dias de hoje. No entanto o Coritiba queria construir em terreno próprio, provocando o desejo de Couto Pereira em dar um passo a frente na vida do Clube.
Através de um acordo com a família Iwersen, o local foi devolvido, ganhando ainda o Clube um ressarcimento pelas obras construídas, no valor de 13 mil contos de réis. Couto, mais João Viana Seiler, Pedro Nolasco Pizzatto, João Meister, Jocelyn de Sousa Lopes, Raul Lara, entre outros, atiraram-se à idéia e conseguiram achar uma área no Alto da Glória, pertencente a família de Nicolau Schaeffer, com 36.300 metros quadrados.
Mas além do dinheiro recebido da família Iwersen, havia um saldo junto a família Schaeffer, no valor de 35 mil contos de réis. E lá foram os coritibanos se socorrer na Caixa Econômica, conseguindo o que todos consideravam impossível: um empréstimo de 120 mil contos de réis. Pago o terreno, o saldo foi todo investido na construção do novo estádio.
E em 20 de novembro de 1932 era inaugurado o Belfort Duarte, com o jogo Coritiba 4×2 América.Um belíssimo estádio, de alvenaria e madeira, sem pilastras que atrapalhassem os torcedores, com o campo protegido por uma extensa cerca de arame, cedros circundando toda a propriedade, com duas quadras de tênis e mais tarde uma de basquete.
Em 1942, inauguraria uma novidade para todo o Paraná; iluminação artificial para jogos noturnos com o jogo Coritiba 4×2 Avaí, que reuniu governadores do Paraná e Santa Catarina, além de dirigentes da CBD e políticos dos dois estados. Foi o início da grandiosa obra que mais tarde tornou-se o Estádio Major Antonio Couto Pereira.
Couto Pereira
Em 1956 Aryon Cornelsen assumiu a presidência do Coritiba. Ex-jogador, advogado e empresário comercial, mas com uma inteligência acima da média para a criação de promoções e eventos.
Tendo ele recebido de um amigo curitibano que residia na Bahia um projeto de sorteios nos jogos, imediatamente o aprimorou e lançou na cidade. Era o Bolo Esportivo, que passou a ser a coqueluche da cidade. Outros clubes lançaram e fracassaram, só sobrevivendo o do Coritiba.
O time continuava campeão, não carecia de grandes investimentos, naquele semi-amadorismo da época. Mas a visão de Aryon era mais ampla: patrimônio. Pegou um projeto de seu irmão e maior arquiteto do Paraná, Ayrton Cornelsen, e implantou um novo estádio.
Foi derrubando o antigo e rodeou o velho com arquibancadas de cimento, inaugurando em 12 de outubro de 1958 a primeira parte da grandiosa obra. Recebeu uma ajuda prestimosa de seu pai, Emílio Cornelsen, que abandonou seus negócios e foi ser o feitor da construção, fiscalizando até os pregos que entravam e saíam na obra.
O Bolo Esportivo era uma realidade e todo o seu lucro era aplicado. Mas Aryon saiu em 63, foi reconstruir sua vida e o Clube passou por várias crises, deixando de ganhar campeonatos, até que apareceu Evangelino da Costa Neves e o assumiu. A obra ficara pela metade e os recursos sumiram. Foi aí que surgiu novamente a figura de Aryon Cornelsen, com novo e ampliado plano de sorteios de carros, casas, explodindo outra vez, só que agora em todo o Paraná. E o estádio começou a crescer novamente, surpreendendo a todos.
Sobrava inclusive dinheiro para armar grandes times, pois além da obra que as promoções do Aryon garantiam, os títulos voltavam a acontecer. E o estádio crescendo, contando para isso com uma contribuição decisiva dos Irmãos Mauad, também com uma maravilhosa participação para que hoje o orgulho coritibano fosse exposto perante à sociedade.
Começo
Ao contrário da maioria das grandes construções no país, seja de complexos esportivos ou estádios, a construção do grande estádio no Alto da Glória tem uma história de dedicação de seus torcedores e pessoas apaixonadas pelo Coritiba.
O projeto foi elaborado por Ayrton Lolô Cornelsen, irmão de Aryon Cornelsen, que foi presidente do Coritiba de 1956 a 1963. No entanto, anos antes, em 1943, o projeto foi apresentado ao governo do estado. Emílio Hieges, Secretário da Fazenda do governador Lupion, vetou as obras alegando que destoava do padrão empregado nas construções do estado.
Após 10 anos o projeto foi novamente disponibilizado para construção, porém não houve interesse da sociedade. Os clássicos de Curitiba, que precisavam de um grande estádio, tiveram que esperar mais alguns anos para ver a obra acontecer.
Caberia ao Coritiba o pioneirismo. Depois que Aryon Cornelsen assumiu a presidência do Clube não se mediu esforços para dar início às obras, ocorridas a partir do dia 6 de janeiro de 1958. A partir daí seria necessária muita dedicação, que faria do futuro estádio um orgulho para o povo paranaense e para a nação coxa-branca.
Era necessário Cr$ 200.000.000,00 de cruzeiros para a construção de um estádio com a capacidade para 75 mil pessoas, sendo 48 mil sentadas. O terceiro maior estádio do Brasil ficaria atrás somente do Maracanã e do Morumbi.
O projeto
Além da capacidade do estádio Couto Pereira para 75 mil pessoas, o projeto original previa um shopping center com 54 lojas de 50m², entre outros destaques da obra, se destacava um hotel com 108 leitos, um restaurante, um salão nobre, um museu e uma sala de musculação.
Esse shopping center viabilizaria o centro esportivo fora das temporadas esportivas e se localizaria na rua Mauá. Até por isso, seria necessário que o Coritiba adquirisse dois terrenos em volta do estádio Couto Pereira: um de propriedade de José Lupion que ficava na Rua Ubaldino do Amaral (60×60); e outro em frente ao Estádio, a chácara Fedato, com 19.320m². O valor da compra foi orçado em 21 mil contos de réis.
Sonho e realidade
Quando Evangelino da Costa Neves assumiu a presidência do Clube foi que a construção do grande estádio teve efetivamente continuidade. Novamente com a colaboração de Aryon, dessa vez nos bastidores, e o apoio dos Irmãos Mauad, o estádio começou a ganhar sua dimensão. O projeto ganhou novas formas, mais uma vez arrojadas para seu momento. Seria viabilizada a construção de três anéis de arquibancada, que formariam uma linda e inovadora arquitetura.
Na década de 60, o público procurava espaço em meio às obras nos dias de jogos. O bolo esportivo era um sucesso e a torcida coxa-branca dava exemplo de amor, erguendo cada tijolo do então Estádio Belfort Duarte.
Em setembro de 1968 houve um acidente, que acabou sendo fatal para um dos operários da obra. Ao retirarem o escoramento da marquise (coberturas) das atuais cadeiras sociais, eles começaram a ruir.
A marquise teve problemas semelhantes em 1982 e 1985, mas não chegou a ceder. Durante a gestão de Evangelino, na década de 90, uma época o estádio foi interditado, por problema de corrosão.
Quando foi concluída a reconstrução da marquise, que passou por um processo de reformulação e contou com os melhores engenheiros do país, cerca de 70 voluntários subiram para testá-la, pulando e fazendo uma prova de carga.
De fato, a construção do nosso estádio se deu pela força dos nossos antepassados, de pessoas que, como nós hoje, viveram seu amor pelo Coritiba. A construção do gigante de concreto armado nunca teve seu fim. O Couto Pereira hoje está entre os melhores estádios do Brasil.
Reforma em 2005
Em 1º de maio de 2005, após mais de cinco meses de obras, o estádio foi reaberto.
Foi plantando uma nova grama, do tipo Bermuda 419, tida pelos especialistas como a melhor para a prática do futebol, além de um sistema de drenagem mais eficaz.
As medidas do gramado foram ampliadas para 109 x 72 metros, as grades que circundavam o fosso foram retiradas, tornando perfeita a visibilidade da partida de qualquer lugar do estádio.
As novas traves têm ferros de sustentação das redes um novo formato, mais adequado à segurança dos jogadores.
Os novos bancos de reservas atendem o padrão internacional de exigências estabelecidas pela FIFA, com as condições de conforto aos atletas (são bancos do tipo Recaro, padrão similar aos utilizados nos estádios do Barcelona e Ajax).
Em 2005 foram entregues 25 novos camarotes, todos de alto padrão, com TV, climatização, frigobar, piso em granito, banheiro individual, isolamento com vidro blindado, poltronas, atendimento de garçom via interfone, entre outros benefícios. No total, 370 pessoas podem assistir aos jogos no Couto Pereira utilizando-se dos camarotes.
Uma nova sala de imprensa foi construída, para as entrevistas antes e pós-jogo, com sistema de som e acesso à Internet.
Recorde de Público
O recorde pertence a seu maior rival, o Athlético Paranaense em uma partida contra o Flamengo em 15 de maio de 1983, com um total de 67.391 pessoas, vencida pelo CAP por 2×0. Porém o maior público registrado foi de 70.000 pessoas em 5 de julho de 1980, na visita do Papa João Paulo II.
Green Hell
A Mística do Inferno Verde: Coritiba invencível
A festa organizada pela torcida começou em 2009, durante uma Copa do Brasil, e repetida outras oito vezes sempre sem derrotas. Foram sete vitórias e dois empates.
A primeira edição aconteceu na semifinal da Copa do Brasil de 2009, contra o Internacional. Na partida de ida, o clube paranaense havia perdido por 2 a 0 no Beira-Rio. Na volta, o Coxa foi recebido pela festa e venceu por 1 a 0, resultado insuficiente para a classificação inédita.
O Green Hell original, com fogos de artifício (Foto: André Raittz/Vanguard Photo Parlour)
Após a Copa do Brasil, a comissão organizadora preparou mais oito shows de luzes, contra Grêmio (2 a 1), Palmeiras (1 a 0), Corinthians (1 a 1), Atlético-PR (3 a 2), Atlético-MG (2 a 1), Portuguesa (2 a 0), Atlético-PR (2 a 0) e Fluminense (1 a 1).
Shows
O Estádio Couto Pereira já foi palco de shows de artistas nacionais e internacionais de grande porte, com:
- Menudo em 1984;
- Nina Hagen em 6 de outubro de 1985;
- Festival “Monsters of Rock”, com Iron Maiden, Motorhead, Skid Row e Helloween em 25 de agosto de 1996;
- Maroon 5 em 14 de setembro de 2017;
- Roger Waters em 27 de outubro de 2018;
- Paul McCartney em 30 de março de 2019.
Localização
Devido a sua boa localização, não existem segredos para chegar ao Estádio Major Antônio Couto Pereira. De qualquer lugar da cidade existem ônibus disponíveis que levam o cidadão às proximidades do estádio. Tanto torcedores do Coritiba como visitantes têm entradas exclusivas, em ruas separadas e bem sinalizadas.
O fácil acesso ao estádio se deve também à boa infra-estrutura de transporte coletivo da cidade. O sistema integrado de ônibus permite que moradores de 12 municípios da região metropolitana da cidade tenham acesso ao estádio pelo transporte coletivo.
Na cidade toda são 56 opções de ônibus que levam o torcedor às proximidades do bairro Alto da Glória.
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