Maior estádio particular do Brasil, o Estádio Cícero Pompeu de Toledo, o Morumbi, é a casa do São Paulo FC e palco de muitos dos principais eventos esportivos e de entretenimento do continente.
Além de festejar as várias glórias tricolores, o Morumbi já sediou grandes momentos paulistanos, como jogos da Seleção Brasileira, a visita do Papa João Paulo II e shows de grandes artistas como Paul McCartney, U2, Queen, Madonna e Michael Jackson, entre tantos outros.
Atualmente, muito além de uma moderna instalação esportiva, o Morumbi é uma importante e lucrativa unidade de negócios do São Paulo FC. Algumas das maiores empresas do país e do mundo mantêm camarotes corporativos no estádio, que desde 2007 passou a abrigar também o Morumbi Concept Hall, espaço de compras e lazer situado no anel térreo.
O estádio do Morumbi foi projetado pelo arquiteto Vilanova Artigas. A construção teve início em 1952 e consumiu 18 anos até ser finalizada. A primeira inauguração do estádio, ainda parcial, foi em 02 de outubro de 1960, na partida contra o Sporting-POR vencida pelo Tricolor com o célebre gol de Peixinho, o primeiro da história do Morumbi. Porém, somente em 1970, o estádio seria inteiramente entregue à torcida tricolor.

A HISTÓRIA DO ESTÁDIO:
Nos primeiros anos de sua existência, o São Paulo utilizou como sede e campo a Chácara da Floresta. Daí ser empregado o nome de São Paulo da Floresta quando se fala do primeiro período de existência da instituição, de janeiro de 1930 até maio de 1935.
Quando o clube foi refundado em dezembro de 1935, não tinha um campo próprio, situação que perdurou até 1938, quando a união com o Estudante Paulista rendeu ao São Paulo a posse do campo da Mooca pertencente à Antárctica. Em 1940, passou a usar o Estádio do Pacaembu para sediar suas partidas.
Em 1944, o São Paulo adquiriu o Canindé, por doze milhões de cruzeiros que passou a ser o seu campo. Mas o Canindé só era utilizado como sede social e local para treinamentos, já que a área era pequena para a construção de um grande estádio e então surgiram ideias e projetos para a viabilização de uma praça esportiva em algum outro local da cidade. O Tricolor cogitou a área que seria o Ibirapuera, mas a Câmara Municipal da Cidade foi contra a ideia.
No ano de 1951, a condessa Mariangela Matarazzo e outros proprietários se desfizeram de um grande lote de terras na região do Morumbi. Com isso, o São Paulo adquiriu junto a Imobiliária Aricanduva o terreno onde hoje fica localizado o estádio, em 4 de agosto de 1952.

Três projetos foram apresentados para o estádio, e o escolhido foi a concepção de Vilanova Artigas. O grande diferencial para tal escolha foi a capacidade para 120 mil pessoas, que mais tarde se expandiria para 156 mil, além do menor custo de manutenção. O projeto era adepto do brutalismo e vanguarda artística que valorizava o concreto exposto.
Em 10 de março de 1953, o São Paulo apresentou ao público presente na sede da Avenida Ipiranga a maquete da futura praça esportiva. O projeto original contava com o estádio de futebol, ginásio poliesportivo com capacidade para 20 mil pessoas, praça de atletismo e parque aquático com três piscinas (uma olímpica), ambos com arquibancadas para 5 mil pessoas, além de diversas quadras poliesportivas e sede social.
As obras foram iniciadas em 1º de julho de 1953, mas foi entre 1956 e 1957 que a construção do maior estádio particular do mundo começou verdadeiramente. Sem ainda estarem finalizadas, o Morumbi foi inaugurado em 2 de outubro de 1960. O jogo entre São Paulo e Sporting, de Portugal, terminou com a vitória Tricolor, por 1 a 0 com gol de Peixinho.

Cícero Pompeu de Toledo foi um dos maiores incentivadores da construção do estádio do Morumbi. Assinou o contrato para o início das obras mas infelizmente, faleceu antes de ver o estádio ser inaugurado em 1960. O São Paulo decidiu colocar seu nome como uma justa homenagem prestada ao eterno dirigente no nome do estádio.
