Adriano Leite Ribeiro, conhecido como Adriano “Imperador”, foi um grande jogador brasileiro de futebol que marcou gerações e fez história no Brasil e na Europa. Conhecido como Pipoca pelos mais íntimos, Adriano nasceu em 17 de fevereiro de 1982, no Rio de Janeiro, e se tornou um dos centroavantes mais completos no futebol.
PRIMEIROS PASSOS NO FUTEBOL
Nascido e criado na Vila Cruzeiro, uma das favelas mais perigosas do Rio de Janeiro, Adriano deu seus primeiros passos no futebol aos 9 anos, quando chegou ao futsal do Flamengo. Lá, ele se destacou e se transferiu rapidamente para o futebol de campo, onde começou a jogar como lateral-esquerdo. Na base foi vice-campeão da Copa BH de Juniores em 1999, quando o técnico Carlos Alberto Torres notou que Adriano possuía grandes habilidades e o colocou para jogar no ataque.
Em 2000 ele foi promovido aos profissionais e fez sua estreia no dia 2 de fevereiro, contra o Botafogo, no Torneio Rio-São Paulo. Quatro dias depois ele marcou seu primeiro gol contra o São Paulo no mesmo torneio.
Desde o inicio da carreira, Adriano era conhecido pelo grande vigor físico e pelas grandes habilidades técnicas. Com apenas 18 anos, ele foi convocado pela primeira vez para Seleção Brasileira.

INÍCIO NA EUROPA
Com grande destaque no Brasil, Adriano foi vendido para a Internazionale, da Itália em 2001. E fez sua estreia em 15 de agosto, marcando um golaço contra o Real Madrid no Troféu Santiago Bernabeu. Mesmo assim, Adriano não teve grandes espaços na equipe naquele ano e foi emprestado para Fiorentina e em seguida para o Parma, onde fez 45 jogos e marcou 26 gols.
Em 2004 ele retornou para a Internazionale, onde começou a viver a melhor fase de sua carreira. Logo na primeira temporada foram 15 gols em 16 jogos, sendo titular absoluto da equipe, onde começou a ser chamado pelo apelido de L’Imperatore (“O Imperador“), em alusão ao imperador romano Adriano. Pela Inter, o centroavante conquistou a Copa da Itália em 2004-2005 e 2005-2006 e quatro Campeonatos Italiano (2005-2006, 2006-2007, 2007-2008 e 2008-2009).

MORTE DO PAI E DECLÍNIO NA CARREIRA
Em 2004, Adriano teve uma perda irreparável na sua família, que foi um divisor de águas na sua carreira. A morte de seu pai, Sr Mirinho, uma das pessoas que mais o influenciou na carreira de futebol.
“Agosto de 2004, Bari. Eu estava no ônibus com meus colegas de equipe [Inter de Milão] e meu celular tocou: ‘Papai está morto’. Pensei que era um pesadelo. Eu esperava que fosse. Não posso descrever meu desespero naquele momento. Nunca senti uma dor tão terrível e insuportável na minha vida. (…) Tudo o que senti foi uma angústia sufocante e um desejo pelo Rio de Janeiro.”
Em 2006, a carreira de Adriano começou a declinar. Ele ficou quase um ano sem marcar pela Inter e foi duramente criticado pela imprensa após a campanha da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2006. No ano seguinte sequer foi inscrito para Liga dos Campeões de 2007-2008.
Com problemas pessoais e fora da melhor forma física, Adriano começou a ficar deprimido e se envolver com álcool. Sem a confiança do técnico Roberto Mancini, Adriano foi liberado para voltar ao Brasil para tentar recuperar a boa forma física. Desta forma, em 2008, ele foi emprestado ao São Paulo, onde teve um papel fundamental na equipe, marcando 16 gols em 28 jogos pelo clube paulista.
RETORNO A ITÁLIA E CAMPEÃO PELO FLAMENGO
Em 2008, após o empréstimo, Adriano retornou a Internazionale e fez algumas partidas importantes, mas nada comparado ao seu auge. Em abril de 2009, Adriano simplesmente abandonou os treinos da Inter e retornou ao Brasil sem autorização. Muitos disseram dias depois que ele teria sido sequestrado por traficantes do Complexo do Alemão, mas tudo era mentira. O jogador estava na Vila Cruzeiro com seus familiares e estava disposto a parar de jogar futebol.
Em abril de 2009, a Inter divulgou em seu site um acordo amigável de rescisão de contrato o centroavante, sem revelar grandes detalhes.
Um mês depois, Adriano teve seu retorno confirmado pelo Flamengo, sendo um dos principais jogadores da equipe naquele ano. O brasileiro se mostrava feliz dentro e fora de campo, e acabou conquistando o título Brasileiro de 2009, formando dupla com o sérvio Petkovic. Nesta passagem foram 38 jogos, 23 gols e 9 assistências.

SAÍDA DO FLAMENGO E PASSAGENS POR OUTROS CLUBES
Após eliminação da Copa Libertadores de 2010 para a Univerdad do Chile, Adriano saiu do Flamengo e foi para a Roma. Foi apresentado no dia 9 de junho e vestiu a camisa 8. Porém sua passagem durou menos de um ano, pois teve seu contrato rescindido após comportamento inadequado extracampo e rendimento abaixo do esperado nos jogos.
Em 2011 voltou ao Brasil, agora para jogar no Corinthians. Não teve uma passagem marcante pela equipe e foi dispensado por indisciplina em 2012.
Adriano ainda tentou voltar para o Flamengo em 2012 e começou a treinar no clube. Porém após diversas faltas aos treinos, fora de forma e envolvido em polêmicas, foi dispensado pelo clube sem ao menos entrar em campo.
Em 2014, o atacante ainda jogou pelo Athletico-PR, onde assinou um contrato de produtividade. Adriano fez apenas 3 jogos e marcou 1 gol. Foi dispensado após faltar treino.
O Imperador ainda teve passagem pelo Miami United, dos Estados Unidos, disputando apenas uma partida, deixando a equipe em maio de 2016 e se aposentando dos gramados.
SELEÇÃO BRASILEIRA
Pela seleção brasileira, Adriano conquistou a Copa América de 2004 e a Copa das Confederações em 2005, sendo artilheiro e melhor jogador das duas competições. Em 2006 ele disputou a Copa do Mundo, porém não repetiu o mesmo desempenho dos anos anteriores e viu a seleção ser eliminada pela França. Ao todo foram 48 jogos e 27 gols.

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